domingo, 4 de setembro de 2016

Por que não sou um Mórmon


                         Nosso Deus nos ama de tal maneira que nos criou para dominar sobre toda a terra: “Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a;” (GÊNESIS 1, 28b, ACF), dotados de liberdade: “Ora, o Senhor é o Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade;” (II CORÍNTIOS 3, 17, ACF); “Porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes em temor, mas recebestes o Espírito de adoção para filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai.” (ROMANOS 8, 15, ACF); “Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Não useis então da liberdade  para dar ocasião à carne, mas servi-vos uns aos outros pelo amor.” (GÁLATAS 5, 13, ACF).



                        Nosso Pai não precisa de nossa adoração, pois se encontra assentado no trono no céu, adorado incessantemente por todas as criaturas celestiais: “Digno és, Senhor, de receber glória, e honra, e poder; porque tu criaste todas as coisas, e por tua vontade são e foram criadas.” (APOCALIPSE 4, 11, ACF); “Santo, Santo, Santo, é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, que era, que é, e que há de vir.” (APOCALIPSE 4, 8b, ACF).  Nós sim, dependemos dEle, inclusive para existir, pois fomos criados por Ele: “E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança;”(GÊNESIS 1, 26a, ACF). 



                        Somente um Deus poderoso, amoroso, misericordioso, poderia desejar a nossa salvação: “Porque isso é bom e agradável diante de Deus nosso Salvador, que quer que todos os homens sejam salvos, e venham ao conhecimento da verdade.” (I TIMÓTEO 2, 3-4, ACF); porquanto ingratos, humanos, imperfeitos, pecadores, não sabemos lidar com o dom divino da liberdade, e ao invés de assegurar o meio-ambiente ecologicamente equilibrado da criação, insurgimo-nos contra as demais criaturas; e concebemos um sistema humano que assegura a liberdade de crença como direito humano: “Artigo 2. 1. Todo ser humano tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, idioma, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição.” (Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada e proclamada pela resolução 217 A (III) da Assembléia Geral das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948); porta aberta a todo espírito de engano, dúvida e exitação.



                       Nesta perspectiva, sempre que o ser humano ouviu outro ser humano, e desobedeceu a Deus, colheu maldição: “E ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás.” (GÊNESIS 2, 16-17, ACF); “Então disse Adão: “A mulher que me deste por companheira, ela me deu da árvore, e comi.” (GÊNESIS 3, 12, ACF); “E a Adão disse: Porquanto deste ouvidos à voz de tua mulher, e comeste da árvore que te ordenei, dizendo: Não comerás dela, maldita é a terra por causa de ti; com dor comerás dela todos os dias de tua vida...” (GÊNESIS 3, 17-19, ACF).



                       Portanto, porque deveria ouvir e crer em Joseph Smith, que teria recebido “comunicação de Deus com os antigos habitantes das Américas, O livro de Mórmon, profeta-historiador que contém um relato de duas grandes civilizações: Uma veio de Jerusalém no ano 600 a.C. e posteriormente se dividiu em duas nações, conhecidas como nefitas e lamanitas, principais antepassados dos índios americanos. A outra veio muito antes, quando o Senhor confundiu as línguas na Torre de Babel. Este grupo é conhecido como jareditas.  Depois de terminar seus escritos, Mórmon entregou o relato a seu filho Morôni, que acrescentou algumas palavras suas e ocultou as placas no Monte Cumora.  A 21 de setembro de 1823, o mesmo Morôni, então um ser ressurreto e glorificado, apareceu ao Profeta Joseph Smith e instruiu-o a respeito do antigo registro e da tradução que seria feita para o inglês.” (O Livro de Mórmon, INTRODUÇÃO, grifo nosso).



                      O livro de Mórmon, consoante a sua INTRODUÇÃO, “contém a plenitude do evangelho eterno.  O acontecimento de maior relevância registrado no Livro de Mórmon é o ministério pessoal do Senhor Jesus Cristo entre os nefitas, logo após sua ressurreição.  O livro expõe as doutrinas do evangelho, delinea o plano de salvação e explica aos homens o que devem fazer para ganhar paz nesta vida e salvação eterna no mundo vindouro.”  Entretanto, colide frontalmente com o Evangelho, porquanto o único ser digno de glória é o Senhor Jesus Cristo: “E vi um anjo forte, bradando com grande voz: Quem é digno de abrir o livro e de desatar os seus selos?  E ninguém no céu, nem na terra, nem debaixo da terra, podia abrir o livro, nem olhar para ele.  E eu chorava muito, porque ninguém fora achado digno de abrir o livro, nem de o ler, nem de olhar para ele.  E disse-me um dos anciãos: Não chores; eis aqui o Leão da tribo de Judá, a raiz de Davi, que venceu, para abrir o livro e desatar os seus sete selos. (...) E olhei, e ouvi a voz de muitos anjos ao redor do trono, e dos animais, e dos anciãos; e era o número deles milhões de milhões, e milhares de milhares, que com grande voz diziam: Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riquezas, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e ações de graças.  E ouvi a toda criatura que está no céu, na terra, e debaixo da terra, e que estão no mar, e todas as coisas que neles há, dizendo: Ao que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro, sejam dadas ações de graças, e honra, e glória, e poder para todo o sempre.” (APOCALIPSE 5, 2-5, 11-13, ACF).



                       Tal contradição com a Bíblia Sagrada se exponencia ao percebermos a advertência do Senhor, desde que falou a Moisés, na oportunidade em que lhe comunicou os mandamentos no cume do Monte Sinai, dentre os quais se destaca, pelo presente contexto de exclusividade da divindade do Senhor nosso Deus: “Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão.  Não terás outros deuses diante de mim.” (ÊXODO, 20, 2-3, ACF).  O próprio Jesus Cristo já nos advertira: “Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos.” (MATEUS 24, 24, ACF).



                      O Livro de Mórmon é tão humano, que necessita de testemunhas, que declaram, dentre outros aspectos: “Saibam todas as nações, tribos, línguas e povos a quem esta obra chegar, que nós, pela graça de Deus, o Pai, e de nosso Senhor Jesus Cristo, vimos as placas que contém este registro, que é um registro do povo de Néfi e também dos lamanitas, seus irmãos, e também do povo de Jarede, que veio da torre da qual se tem falado.  E sabemos também que foram traduzidas pelo dom e poder de Deus, porque assim nos foi declarado por sua voz; sabemos, portanto, com certeza, que a obra é verdadeira.  E também testificamos que vimos as gravações feitas nas placas; e que elas nos foram mostradas pelo poder de Deus e não do homem.  E declaramos solenemente que um anjo de Deus desceu dos céus, trouxe-as e colocou-as diante de nossos olhos, de maneira que vimos as placas e as gravações nelas feitas e sabemos que é pela graça de Deus, o Pai, e de nosso Senhor Jesus Cristo que vimos e testificamos que estas coisas são verdadeiras. (...)” (DEPOIMENTO DE TRÊS TESTEMUNHAS: OLIVER COWDERY, DAVID WHITMER, MARTIN HARRIS); “Saibam todas as nações, tribos, línguas e povos a quem esta obra chegar, que Joseph Smith, Jr., o tradutor desta obra, mostrou-nos as placas mencionadas, que têm a aparência de ouro; e que manuseamos tantas páginas quantas o dito Smith traduziu; e que também vimos as gravações que elas contêm, as quais nos parecem ser uma obra antiga e de execução esmerada. (...)” (DEPOIMENTO DE OITO TESTEMUNHAS: CHRISTIAN WHITMER, JACOB WHITMER, PETER WHITMER, JR., JOHN WHITMER, HIRAM PAGE, JOSEPH SMITH, SÊNIOR, HYRUM SMITH, SAMUEL H. SMITH).

                        Ademais, de nada mais necessitamos além da Palavra do Senhor, para saber o plano perfeito da salvação de todos os que crêem no Senhor Jesus Cristo, bem como para ganhar paz nesta vida para todo o sempre: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (JOÃO 3, 16, ACF); “Porque eu bem sei os pensamentos que tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que esperais.” (JEREMIAS 29, 11, ACF); “Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei até ele, e com ele cearei, e ele comigo.  Ao que vencer lhe concederei que se assente comigo no meu trono; assim como eu venci, e me assentei com meu Pai no seu trono.” (APOCALIPSE 3, 20-21).





                                    

BIBLIOGRAFIA

A BÍBLIA SAGRADA, traduzida em Português por JOÃO FERREIRA DE ALMEIDA, edição corrigida e revisada, fiel ao texto original. Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil: São Paulo, 2011.



DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS, representação da UNESCO no Brasil, disponível em http://unesdoc.unesco.org/images/0013/001394/139423por.pdf, pesquisado em 01.09.2016, Brasília, 1998.



O LIVRO DE MÓRMON, Outro testamento de Jesus Cristo, A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias: Salt Lake City, Utah, EUA, 1995.